Um dos direitos fundamentais do ser humano é a livre circulação, o qual, num contexto urbano, é garantia de acesso a diversos serviços essenciais à vida em sociedade. Nessa perspectiva, metrópoles do mundo inteiro combatem o problema da falta de mobilidade urbana, umas de formas mais eficientes em relação a outras. Oferecer esse direito é um dos importantes fatores para garantir a plenitude da cidadania. Macrocefalia Urbana é uma expressão utilizada pelos geógrafos para definir os muitos problemas de grandes centros urbanos, entre eles a falta de mobilidade, ocasionados pela alta aglomeração de pessoas. Em cidades como São Paulo, Rio Janeiro e New York ir ao trabalho, à escola, ou mesmo ao cinema se tornou uma tarefa estressante e incerta, dada a enormidade de veículos nas ruas, fato que ocasiona trânsitos quilométricos e impede a fluidez no deslocamento, ou seja, priva as pessoas à livre circulação. Por outro lado, em muitas cidades no mundo, existe uma forte exclusão de pessoas com deficiências físicas. Dessa forma, não é raro observar que, nas mais diversas cidades, poucas calçadas são adaptadas para os cadeirantes. Além disso, a exclusão também ocorre em transportes públicos que, em sua maioria, não são adaptados a essas pessoas. Fica claro, portanto, que a garantia de livre circulação é de suma importância na composição da cidadania. Logo, cabe ao Estado, por meio do poder executivo municipal, investir em transporte público adaptado aos deficientes, de maneira a beneficiar todas as faixas populacionais. No mais, as próprias prefeituras devem fazer um trabalho de conscientização popular, por meio de campanhas publicitárias veiculadas na mídia, no sentido de incentivar o uso de transporte público. Dessa maneira, a cena rotineira de um carro para cada pessoa se tornará, cada vez mais, uma exceção, ao passo que a mobilidade urbana se tornará uma realidade.