Tema de redação: A mobilidade urbana no Brasil
Redação enviada em 24/11/2015
No final dos anos 50, o então presidente Juscelino Kubitscheck pautou a política desenvolvimentista, sobretudo, na criação e expansão da indústria automobilística. Nos anos seguintes, o automóvel sagrou-se como “paixão nacional” dos brasileiros, enquanto o transporte público de massa não obteve atenção e investimentos suficientes. Com o crescimento sem precedentes de nossas metrópoles, o deslocamento por elas se tornou primordial, porém, cada vez mais difícil. As distantes periferias se tornaram o local de moradia de muitos trabalhadores e os serviços de saúde, educação, lazer e empregos continuaram concentrados nas regiões centrais, assim, estes foram os maiores prejudicados e até privados de usufruí-los devido a carência nas alternativas de transporte. Entretanto, o poder público – através de facilidades ao crédito, por exemplo – continuou a incentivar a aquisição de veículos próprios e manteve o transporte público como coadjuvante quanto aos investimentos. Isso contribuiu de forma decisiva para o aumento o problema de congestionamentos de veículos, os quais causam prejuízos econômicos, sociais, ambientais e na rotina e saúde de milhões de brasileiros. Felizmente, parece ser crescente, nos últimos anos, a preocupação de governos com o transporte público e alternativo (como a construção de ciclovias), além da atenção da sociedade, gerando debates sobre o assunto. Afinal, toda cidade a qual pleiteia ser desenvolvida, social, econômica e ambientalmente deve priorizar o transporte coletivo e alternativo como forma de democraticamente permitir a todos o livre usufruto e acesso a tudo o que ela pode nos oferecer.