A urbanização brasileira, ocorrida a partir século XX, foi seguida de um grande êxodo rural que ocasionou uma macrocefalia urbana; este inchaço urbano, por sua vez, resultou em uma segregação social nas cidades entre os ricos, pertencentes às áreas mais abastadas da cidade, e a população de baixa renda, pertencente à periferia. A segregação social presente nas cidades brasileiras é extremamente perniciosa para a sociedade como um todo. Além disso, o governo, seja ele estadual ou municipal, é o principal culpado pela desigualdade presente nas cidades do Brasil. A segregação social presente nas cidades brasileiras pode ser percebida pelos privilégios que os cidadãos mais ricos possuem no que diz respeito ao deslocamento pela cidade, no acesso à cultura, educação e saúde de qualidade, enquanto que os mais pobres são privados de todos esses direitos. Como os serviços oferecidos pelo Estado (escolas, hospitais e transporte, por exemplo) são de má qualidade, o cidadão de alta renda recorre à escolas particulares, hospitais privados e compram o seu próprio carro, enquanto que o cidadão de baixa renda se vê obrigado à utilizar os serviços públicos, e assim ocorre uma grande desigualdade social nas cidades do Brasil. O principal culpado por essa camarotização da sociedade é o Estado, pois apesar de cobrar altos impostos que corroem o salário dos brasileiros, não utiliza este dinheiro em áreas vitais da sociedade, o que caracteriza as escolas, os hospitais e os meios de transporte públicos de péssima qualidade. No caso do transporte público, além de ser caro, é extremamente ineficiente por conta do pequeno número de ônibus em circulação, o que priva a população mais pobre do acesso ao trabalho e ao lazer. A má distribuição de renda pelo governo brasileiro é o principal fator gerador de desigualdades na sociedade. Portanto, o Brasil é um país extremamente urbanizado com uma grande desigualdade social nas cidades resultante da péssima distribuição de renda pelo Estado brasileiro. Melhorar a qualidade do ensino público brasileiro com o aumento do salário dos professores aliado à construção de mais escolas; melhorar a qualidade dos hospitais públicos com a qualificação mais eficaz dos médicos brasileiros por meio de universidades públicas de qualidade aliada à construção de mais leitos hospitalares; e a melhoria do transporte público brasileiro com a redução do preço das passagens aliada à disposição de mais frotas de ônibus de qualidade em circulação são medidas cabíveis ao Estado brasileiro para que se possa reduzir, ou até erradicar, a desigualdade social das cidades brasileiras.