Intensificada pela Revolução Industrial e seus parâmetros de trabalho e salário, a desigualdade social se espalhou pelo mundo de diversas maneiras, podendo ser identificada em diversas escalas- global, continental e nacional. No caso brasileiro, as diferenças estão presentes desde a colonização- devido a concentração fundiária-, e foram propagadas devido a falta de interesse do Governo e pela opinião de elites, grupo com a maior influência em câmaras. Apesar do Estado brasileiro se basear nos conceitos de governo de John Locke, em que o governo deve assistir a todos de forma imparcial, isso não ocorre. Devido ao desinteresse dos governantes pelas massas populares, incitado pelo acúmulo de riquezas, e medo da diminuição de seus ganhos, cerca de 99% da população é afetada, e se dirige a lugares impróprios para moradia, onde não há saneamento básico, na tentativa de sobreviver com pequenos auxílios. Portanto, é notório o impacto da administração governamental nos índices sociais. Conectado a isso se encontra a elite brasileira, predominante nos órgãos administrativos há séculos. Inegavelmente, a opinião desse setor sempre foi primordial para a tomada de decisões- como ocorreu com a Lei de Terras, que aumentou a desigualdade social em prol do lucro da classe A. Devido a busca pelo lucro, característica desse contingente da sociedade, são raras as medidas sociais postas em prática. Isso corrobora que o poder das elites não permite a ascensão das camadas mais baixas, o que lhe torna vital para a mudança da realidade do país. Destarte, são necessárias medidas que modifiquem a forma como os órgãos governamentais estruturam o país. À população, cabe a reivindicação por seus direitos e melhorias, por meio de passeatas, abaixo-assinados e diálogos que permitam a conscientização de mais pessoas sobre a realidade vivida. Ao Governo, cabe a utilização de uma visão imparcial, que pode ser assegurada por uma maior participação de sindicatos dos trabalhadores na política, e pelo cumprimento do que é estabelecido na Declaração dos Direitos Humanos. Por meio dessas medidas, a desigualdade social brasileira será combatida e, futuramente, erradicada.