Durante mais de trezentos anos de escravidão vieram para o Brasil mais de quatro milhões de africanos usados como mão de obra escrava para erguer a nação, subjugados a condições precárias de sobrevivência mesmo depois da abolição da escravidão em 1888. Hoje, não é difícil de imaginar os efeitos negativos que a desigualdade social desencadeada desde o século XVI propicia a sociedade brasileira. Nessa perspectiva, faz-se necessário argumentar sobre a disparidade socioeconômica do país e a importância de priorizar a qualidade da educação. Embora o Brasil esteja no ranking das maiorias economias mundiais, nota-se a má distribuição do capital entre os indivíduos. Uma vez que devido à falta de instrução e de oportunidades a parcela menos favorecida economicamente da população se encontra em condições de sobrevivência degradantes, habitando por vezes as periferias sem acesso ao ensino, saúde e a educação de qualidade, propiciando a falta de efetividade da Declaração dos Direitos Humanos que assegura a igualdade entre as pessoas . Em função disso, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% da população mais pobre do país vive em favelas. Em segunda análise, é visível que qualidade da educação deve ser a prioridade do Brasil. Pois, ela além de ser um dos principais fatores que propiciam o desenvolvimento das nações é um dos pilares fundamentais para combater a desigualdade social, países como a Finlândia possuem um dos melhores ensinos do mundo e se destaca pela igualdade na educação, na excepcional formação dos educadores e por fornecer boas condições de trabalho. Somado a isso, cidadãos que têm acesso a um sistema educacional satisfatório tendem a ter melhores condições de vida. Em decorrência desse fato, evidencia- se a necessidade do Brasil oferecer uma educação similar a dos países desenvolvidos, para combater a discrepância social existente. Fica claro, portanto, que a desigualdade propicia malefícios à sociedade. Para tanto, é necessário que o Ministério da Educação, por meio de parcerias governamentais invista na infraestrutura das escolas e na qualificação dos docentes. Somado a isso, como já dizia o filósofo Immanuel Kant o homem é aquilo que a educação faz dele, dessa forma cabe às escolas desenvolverem atividades socioeducativas que visem o melhor desempenho dos alunos, através de aulas dinâmicas. Ademais, é de fundamental importância também, que o corpo social reivindique através das redes sociais os seus direitos garantidos pela Declaração dos Direitos Humanos. Tais medidas, tomadas por meio de uma ação integrada, poderão solucionar as disparidades sociais do país.