É alarmante o nível de desigualdade social no Estado brasileiro. Pesquisas, como a do jornal Datafolha de 2013 , revelam a má distribuição de renda entre as pessoas, resultando numa estratificação social dos que se vestem de "verde e amarelo". Isso revela a face negativa do capitalismo e a precariedade do sistema político que, ao invés de tornar a sociedade mais igualitária, segrega a "brava gente brasileira'' pelo seu extrato bancário. A reação contra esse sistema deve partir dos próprios indivíduos prejudicados por ele , e uma reforma política imediata precisa ser feita para resolver o problema. É inegável a crueldade do capitalismo ao rotular os cidadãos enquanto seres consumidores. Seu audível discurso " o trabalho dignifica o homem '' falha ao impor o labor aos indivíduos, dividindo-os , pois, em classes distinguidas pelo poder de compra. De um lado , pessoas com poder aquisitivo maior são privilegiadas , tendo um poder de compra maior. De outro, aquelas com pouco capital disponível, o que evidencia o problema da desigualdade social, a esmo discutido pelo governo. Os de "terno e gravata", para uma minoria, governam o " país do futebol e de gente feliz" . A deusa da justiça, representada em frente do Supremo Tribunal Federal (STF), é uma falsa ilusão da isonomia social. Ela mascara uma realidade excludente, uma vez que os políticos privilegiam grandes empresas que geram lucro para seus próprios bolsos. Max Weber dizia que a "política é uma vocação". Portanto, para garantir o bem estar social, papel do Estado democrático, o governo deve agir para tal. Destarte, a falta de manifestação e a falha do sistema político são agravantes da desigualdade no "país do futebol" . Segundo Platão " uma vida não questionada, não merece ser vivida ". Isso mostra que os cidadãos devem , não só usar sua voz para gritar por um gol, mas fazê-la ser ouvida enquanto cidadão de direitos . O governo deve , em parceria com a mídia , promover campanhas de inserção social de cidadãos de diferentes classes, para que todos possam viver num bem estar social. Já que a pátria amada " dos filhos deste solo és mãe gentil", deve ser mãe de todos , não de um grupo específico. Por fim, a união do Estado com o povo enquanto nação precisa ser feita na efetividade das leis. Talvez, assim, o brasileiro orgulhe-se, de fato, da "terra dourada" ao ter igualdade no campo social.