A questão da desigualdade social no Brasil não é um tópico atual. Na sociedade colonial, observava-se que uma minoria, os senhores de engenho, detinha a maior parte dos recursos econômicos, enquanto o restante da população viva em condições deploráveis. No século XXI, essa segregação entre as classes reduziu, mas ainda se encontra resistente na sociedade, o que gera diversas consequências É de conhecimento geral que o Brasil é um país desigual. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o nosso país é o oitavo com maior índice de desigualdade social e econômica do mundo, apesar da redução do índice de Gini em 2015. Tal conjuntura tem como uma das origem o sistema econômico vigente, que fortalece a competição e a maximização dos lucros no processo produtivo. Nesse contexto, cabe o conceito marxista de mais-valia, que é a disparidade entre o salário do trabalhador e o preço de venda do produto, pensado de forma a potencializar os ganhos. Ademais, há, também, a questão das grandes fortunas que ficam "paradas", sem um fim econômico, as quais poderiam ser utilizadas para assistir os menos abastados. Dessa forma, a história da desigualdade no Brasil é a história da luta de classes. Em consequência disso, tem-se a marginalização de setores da sociedade, que não podem ter acesso à melhor qualidade de vida por fatores econômicos. Um dos primeiros exemplos de tal assertiva foi, no começo do século XX, a expulsão de famílias e a derrubada de cortiços no centro da cidade do Rio de Janeiro, no intuito de "embelezar" a cidade. Essa experiência de favelização é um dos inúmeros produtos da desigualdade social. Além disso, tal problemática gera o não acesso à educação de qualidade e a melhores oportunidades de emprego. Em virtude dos fatos mencionados, portanto, faz-se necessária a tomada de medidas para resolver o impasse. Para isso, o governo deve sobretaxar as grandes riquezas na forma de impostos e, então, aplicá-los em programas assistenciais. Além disso, a mídia, como formadora de opinião, deve fazer campanhas através de propagandas sobre a importância do combate à desigualdade social. A partir dessas providências, então, o Brasil poderá ser, talvez, um país mais igualitário.