O desequilíbrio da distribuição econômica está presente na sociedade desde a Grécia Antiga até a contemporaneidade. Na Grécia, devido à falência das instituições familiares (genos), as terras foram distribuídas de maneira desigual a fim de favorecer os patriarcas. Hoje, no Brasil, boa parte do capital pertence a um pequeno e seleto grupo de pessoas. Esse é o reflexo de diversos fatores históricos que impedem o alcance da igualdade social. Com a Lei Áurea de 1888, a escravidão foi abolida no Brasil, apesar disso as desigualdades sociais permaneceram notáveis. Após a abolição não foram tomadas medidas reparadoras, tão pouco foi oferecido algum auxílio aos escravos libertos. Consequentemente, a desigualdade que já estava presente na sociedade brasileira foi agravada pela marginalização e pelo processo de periferização desses povos. Ademais, segundo pesquisas do Datafolha, no ano de 2013 mais da metade da população brasileira apresentava renda mensal familiar inferior a dois mil reais e, simultaneamente, menos de 5% da população recebia mais do que o triplo dessa quantia. É evidente, portanto, que a discrepância no poder aquisitivo dessas classes afeta diretamente as suas qualidades de vida e de educação. Devido a essa falta de homogeneidade, torna-se cada dia mais difícil a ascensão social das classes desfavorecidas. Logo, para que o equilíbrio econômico possa ser restaurado, e assim sendo a igualdade social seja estabelecida, faz-se necessária a intervenção do Ministério da Fazenda em parceria com o Ministério do Planejamento e Orçamento para que sejam desenvolvidas estratégias orçamentárias que visem a diminuição das desigualdades de poder aquisitivo da população. Além disso, o Ministério da Educação pode fazer parcerias público-privadas com instituições de ensino, a fim de promover melhores condições e possibilidades de aprendizado aos jovens da rede pública de educação. Apenas dessa forma a ascensão social dos grupos prejudicados será possível e a desigualdade social será minimizada.