O Brasil é desigual bem antes de 1822, quando a família real aportou na cidade do Rio de Janeiro. Pode-se verificar alguns tipos de desigualdades na maioria das regiões brasileiras: Desigualdade de gênero e renda. Na primeira podemos considerar a dificuldade em ter oportunidades de emprego, educação de qualidade, acesso a serviços básicos como saneamento, saúde e transporte. Já na segunda leva-se em consideração a renda per capita onde fica concentrado 1% da população, correspondente a faixa dos mais ricos, e 46% na faixa mais pobre da população. A partir de uma política inclusão social adotada nos últimos anos, o país obteve uma diminuição na desigualdade, melhorando a distribuição de renda, aumentado o rendimento per capita da classe mais pobre, que recebe entre R$ 1350,00 R$ 2000,00. Isso proporcionou ao indivíduo que não tinha acesso à educação a possibilidade de cursar uma faculdade (bacharelado ou tecnólogo), adquirir um veículo (novo ou usado), pagar um plano de saúde particular, trazendo assim qualidade de vida. É preciso continuar a investindo nessa questão de distribuição pois, como podemos observar em países desenvolvidos, maior riqueza gera maior consumo, que gera mais empregos, gerando mais arrecadação para o estado. Por mais que neguem, a desigualdade de classes ainda é enraizada no dia a dia do povo brasileiro. O conceito de império / colônia, a ideia de que uma classe se sobrepõe a outra, é muito viva para muitos. A diferença entre branco e negro, rico e pobre, homem e mulher, quem exerce um cargo executivo e um cargo operacional/braçal, faz parte do cotidiano. Exemplo desse sentimento de desigualdade, são os comentários preconceituosos e racistas que são divulgados diariamente na maioria das redes sociais contra negros. Mulheres de todas as camadas sociais brigam para que possam receber o mesmo salário que um homem, onde ocupam a mesma função. Outra consequência de diferença de classes é que grande parte da população é empurrada para a periferia, longe dos centros urbanos e dos seus empregos fazendo que assim tenham que gastar horas dentro do transporte publico precário para ir voltar do trabalho ou faculdade, por exemplo. Dessa forma conclui-se que, inicialmente, sem desconsiderar outras medidas necessárias, deve-se trabalhar em duas frentes para diminuir a desigualdade no Brasil: a primeira frente é investimentos em educação, e serviços básicos de qualidade ofertados pelo poder público para que haja o que a constituição determina e a continuidade da melhoria da renda da população, proporcionando salários dignos. A segunda frente, essa que parece ser a mais difícil, de cunho íntimo, é de responsabilidade de cada indivíduo em analisar suas atitudes e palavras que podem contribuir com o aumento ou diminuição das diferenças dentro do seu círculo social de convivência.