A desigualdade social não é um problema atual, visto que desde a colonização do Brasil uma grande dimensão de terras estavam concentradas nas ''mãos'' de poucos proprietários. Entretanto, mesmo com a criação de ações afirmativas para tentar diminuir as disparidades sociais, fatores como a má administração pública e a corrupção permitem a persistência desse quadro. Tomando como ponto inicial da reflexão observa-se que a má administração pública é uma das principais causas das discrepâncias presentes no país. Desse modo, ocorre a falta de investimentos na educação afetando majoritariamente a população mais pobre. Tal fator contribui para o aumento da criminalidade, maior concentração desigual da renda e acesso diferenciado ao ensino. Além disso, a corrupção, presente nas instituições governamentais, gera o desvio de verbas que deveriam ser destinadas à programas comunitários, e colabora ainda mais para a permanência das disparidades sociais. Contudo, o problema está longe de ser solucionado devido a subsistência de grande parte da renda nacional sob domínio de uma pequena parcela indivíduos. A exemplo disso, segundo o IBGE 0,3% dos declarantes de impostos de renda do ano de 2013, que correspondiam a elite, concentravam 22% de toda a riqueza. E também da falta de gestão pública, e fiscalização monetária adequadas. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É fundamental que o governo implemente campanhas econômicas com a diminuição do preço dos alimentos e da carga tributária dos mais "carentes", através de uma reforma fiscal, para minimizar a discrepância de renda na sociedade brasileira. Ademais, como disse o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Sendo assim, a Receita Federal deve investir uma maior parcela do dinheiro arrecado dos impostos na educação, para oferecer um ensino de qualidade para todos os cidadãos. Acresce que é essencial a atuação dos órgãos legislativos e executivos em um controle mais efetivo da administração pública, através da permanente prestação das contas e da aplicação dos recursos, para assim, diminuir a corrupção e promover uma gestão adequada do dinheiro nacional. E dessa forma, interromper a perpetuação das desigualdades sociais.