Conforme Darcy Ribeiro, escritor, antropólogo e político brasileiro, “O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso. ” O desequilíbrio social refere-se a um parâmetro desigual, com o intuito de prejudicar uma determinada classe. O processo de revolução industrial acaba intensificando o quadro de disparidade social entre burgueses e proletariados. Desde que o dinheiro substituiu o escambo e que os colonizadores usaram sua força e estratégia para acumular metais preciosos a discrepância é existente na sociedade. No trecho da música Rico e Pobre da banda brancoala“...Rico no bar é cliente, pobre no bar é garçom Rico usa garfo e faca, o pobre come no chão Rico escolhe o que come, pobre não tem opção...” é visível a crítica feita com relação ao preconceito estabelecido que difere a sociedade de acordo com o seu poder econômico. Entre alguns fatores que proporcionam essa desigualdade está a má distribuição de renda em conjunto com o alto valor do capital e a falta de investimentos em áreas paupérrimas. Isso acarreta o surgimento de favelas e consequentemente o aumento da criminalidade, atraso no desenvolvimento na economia do país, desemprego, entre outros fatores. Em face aos dados apresentados faz-se necessário que o governo promova programas como o Plano Brasil Sem Miséria, criado em 2011, que tem como objetivo o rompimento de barreiras sociais e culturais entre pessoas e regiões, inscrevendo-as em projetos que visam a valorização e capacitação destas. Ou, até mesmo, a proposta do “Cadastro único”, desenvolvido no governo de Fernando Henrique Cardoso, onde coleta dados afim de identificar famílias de baixa renda no Brasil, para que assim, possa-se balancear os índices que diferem o âmbito social.