A desigualdade social é um problema latente no Brasil e no mundo, cujas raízes históricas são fortemente responsáveis pela realidade de hoje. Desde a Antiguidade, a sociedade foi dividida em classes, fato que acentuou as disparidades econômicas e fomentou diversas revoluções ao longo da história. Entre elas, está a Revolução Russa (1917), em que a população se revoltou contra o sistema capitalista e implantou o socialismo no país, baseado nas ideias do sociólogo alemão Karl Marx. Esse fato foi um importante ícone da luta pela erradicação das desigualdades sociais no mundo. A concentração de renda é um problema global, o que pode ser comprovado pelo fato de que 1% da população mundial detém 50% de toda a riqueza do planeta, segundo dados da Oxfam – Confederação não governamental que reúne 17 países. No Brasil, os dados também são indubitavelmente alarmantes: 0,3% da população é responsável por 27% dos rendimentos anuais, segundo o portal G1. As disparidades econômicas são responsáveis, em grande parte pela miséria e pela fome no mundo, já que a quantidade de alimentos produzida mundialmente é suficiente para alimentar toda a população mundial, no entanto, a distribuição não é feita de forma igualitária. Essa situação é inconcebível, e precisa ser mudada, pois como afirmou o filósofo iluminista Jean Jacques-Rosseau, “É manifestadamente contra a lei da natureza que um punhado de pessoas nade no supérfluo enquanto à multidão esfomeada falta o necessário”. Diante dessa perspectiva, constata-se o quanto nosso país ainda é desigual, e quanto precisa ser feito para mudar essa realidade, já que a Constituição Brasileira afirma em seu Artigo 5°, que “Todos são iguais perante a lei”. É de fundamental importância que o Poder Público invista mais em programas sociais, como o Bolsa Família, responsável por tirar milhares de famílias da miséria, já que atualmente apenas 3,9% da receita é direcionado a benefícios assistenciais. Além disso, é de vital importância que as organizações do terceiro setor mantenham-se na luta para diminuir as disparidades econômicas e sociais, através da mobilização da sociedade em prol de um país mais justo e igualitário.