Título da redação:

Desigualdade e corrupção

Tema de redação: Meios para superar a desigualdade social no Brasil

Redação enviada em 24/11/2016

Basta afastar-se apenas alguns quilômetros do centro da capital do país, Brasília, para perceber o quanto a cidade abriga uma imensa desigualdade social entre seus habitantes. Nos bairros mais nobres, localizadores nos arredores da Esplanada dos Ministérios e do Palácio do Planalto, as pessoas vivem com uma renda de pelo menos R$ 10.000, visto que, somente o aluguel de um apartamento na região pode custar R$ 5.000. Já nas cidades satélites, afastadas do centro do poder, grande parte da população ganha apenas um salário mínimo, que hoje chega a R$ 880. Entretanto, Brasília não é palco de uma situação isolada, pelo contrário. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2013, 66% das famílias brasileiras ganhavam pouco mais de R$ 2.000 e 46% tinham salários mais baixos que R$ 1500, enquanto apenas 1% tinha salários que passavam de R$ 13.000. No entanto, nos últimos anos, com o agravamento da crise econômica no país, já é possível perceber que a desigualdade social vem aumentando, ou seja, a situação encontrada em 2013, provavelmente, está pior. Programas sociais, como o Bolsa Família, certamente contribuíram para que a miséria e a desigualdade de renda fossem reduzidas. Porém, além da crise econômica, que afetou, inclusive, tais programas, o grande problema do Brasil é a corrupção, que faz com que bilhões de reais sejam desviados, proporcionando mais riqueza para os que já são ricos, em detrimento dos pobres. Portanto, o primeiro passo para reduzir a desigualdade social no Brasil é combater a corrupção, por meio de denúncias e da fiscalização da aplicação dos recursos públicos por órgãos como o Ministério Público e os Tribunais de Contas. O governo também precisa proporcionar maior conforto às pessoas de baixa renda, investindo na infraestrutura dos bairros mais pobres. Ademais, a ampliação de programas sociais de distribuição de renda é fundamental, além da geração de empregos com salários dignos, para que as pessoas possam viver com mais qualidade e sair definitivamente da zona de pobreza.