A desigualdade está intimamente relacionada à maneira como o Brasil foi colonizado, sendo explicita essa relação ao se analisar o caráter exploratório e subjugatório que o colonizador tinha em relação ao nativo. Porém, diferentemente da época da colonização, a desigualdade gera prejuízos econômicos para a sociedade atual, sendo necessária sua extinção. A desigualdade marginaliza grupos sociais aumentando a criminalidade e gastos públicos. Por exemplo, os trabalhadores negros recebem 40% menos do que os brancos e as mulheres ganham 25% menos do que os homens, segundo dados do IBGE de 2015. Não surpreendentemente, 76% da população entre os 10% mais pobres são negros e 90% dos beneficiários do programa Bolsa- família são mulheres. Esses grupos sociais precisam despender toda sua remuneração em serviços e produtos de subsistência inviabilizando o investimento em cursos de qualificação. Assim, os mesmos e seus dependentes dependem totalmente da educação pública que é de má qualidade e não qualifica o trabalhador para o mercado de trabalho. Disso resulta um índice de desemprego de mulheres negras acima de 12% enquanto que para homens brancos esse índice é de 5,3% segundo o Ipea. Observando que a diminuição da desigualdade reduziria a criminalidade e gastos do governo ao mesmo tempo que aumentaria o índice de desenvolvimento humano o governo deve diminuir desigualdades fornecendo escolas profissionalizantes de qualidade para pessoas de baixa renda. Assim, essas pessoas teriam condições para concorrer à cargos de alto nível, como cargos públicos cujos salários para mesmos cargos não diferem entre gêneros ou cor de pele.