Título da redação:

Aumento da desigualdade no Brasil, quais os motivos e os caminhos?

Tema de redação: Meios para superar a desigualdade social no Brasil

Redação enviada em 21/11/2016

Aumento da desigualdade no Brasil, quais os motivos e os caminhos? Em 2014, o Brasil atingiu seu menor índice de desemprego, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com apenas 4,3% entre as pessoas economicamente ativas. Nesse mesmo período, diminuía, como nunca visto na história do país, a desigualdade social, contudo iniciou-se um golpe parlamentar liderado pelos derrotados nas eleições presidenciais, por consequência ela voltou a crescer. Sendo assim, os descontentes com o resultado eleitoral começaram a questiona-lo, aos poucos foi ganhando corpo com apoio das classes dominantes e manifestações de rua, recebendo adesão de todas as classes sociais, com isso fomentou uma crise política no país. Somou-se, além disso, a crise econômica mundial que, de fato, se inseriu nesse cenário, voltando a gerar desemprego e diminuição da renda, principalmente dos mais pobres. Infelizmente, a desigualdade voltou a crescer, precisa-se combate-la. Em 2015, a Petrobrás representava 10% do PIB do Brasil, nesse ano reduziu-se os investimentos da empresa em 30%, o que gerou o valor aproximado da retração do PIB do país nesse ano. De certo que as investigações, legitimas, da Lava Jato comprometeu todas as grandes construtoras, comprometendo o crédito delas junto ao mercado financeiro e aprofundando a crise, atingindo todas as camadas produtivas, certamente agravou o desemprego e diminuiu a renda dos trabalhadores. Outrossim, o governo que assumiu após o impedimento da presidente ao invés de investir nas classes mais pobres fez ao contrário, quando enviou ao congresso, por exemplo, a proposta de congelamento dos investimentos em Educação e Saúde por 20 anos, por intermédio da PEC 241 (Proposta de emenda Constitucional), atual 55. Logo, serão impactados os que mais precisam dos serviços públicos. Agora, urge a necessidade de garantir os pequenos avanços dos últimos anos e encontrar meios para superar as desigualdades sociais. Em primeiro lugar, o governo deve fortalecer o programa Bolsa Família, que a cada real investido adiciona 1,78 ao PIB, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Pois, as famílias beneficiadas fazem girar a economia local, gerando emprego e impostos. Em segundo lugar, deve-se tributar as grandes fortunas a fim de garantir uma melhor distribuição de renda, conforme previsto na Constituição desde 1988 e até hoje não foi legislado pelo congresso, além das grandes heranças. Por último, equiparar o crime de corrupção ao hediondo com a finalidade das punições serem mais severas, por conseguinte diminui-la e ter uma aplicabilidade melhor dos recursos públicos. Assim, será possível, além da mobilização social para barrar as PECs 241 e 55, construir país com menos desigualdade social.