Em 1948 na África do Sul foi adotado um regime segregacionista que privou negros de seus direitos por um período de 46 anos conhecido como Apartheid. Tal segregação acorre de maneira deferente no Brasil onde membros de classes mais baixas não tem o mesmo acesso a serviços como saúde, educação e saneamento quando comparado a classes mais abastadas. Ora vivencia-se no Brasil um Apartheid social. Sob essa conjectura pesa-se a falta de qualidade na educação. A educação é o principal meio de ascensão social uma vez que através dele que se consegue empregos com melhor remuneração, porém a realidade para muitas pessoas são escolas sem qualidade de ensino e em situação extremamente precária como aponta o relatório do censo escolar de 2014 em que apenas cerca de 44% das escolas tem saneamento básico e 36 % tem biblioteca. Tal realidade acaba por quase eliminar as oportunidades crescimento profissional e consequentemente de melhora na situação socioeconômica. Diante disso o sucateamento da educação representa um empecilho a equidade social no país. Ademais contribui para essa realidade a política fiscal injusta praticada no Brasil. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) os super-ricos, topo da pirâmide social, pagam de imposto uma alíquota real média de 7% enquanto membros de camadas mais intermediarias pagam 12% sobre a sua renda o que acaba por reduzir ainda mais o poder econômico dessas camadas e acentuar a desigualdade social uma vez que os super-ricos tendem a acumular mais capital. Logo é importante a realização de uma reforma tributária mais justa através do poder legislativo para assim tornar o imposto uma ferramenta de distribuição de renda quando aplicado em serviços públicos de qualidade. Vislumbrar então um Brasil mais justo, solidário e menos desigual perpassa por medidas como uma reforma profunda da educação básica com a valorização do professor e estruturação das escolas por meio de associações entre os governos federal, estadual e municipal e também a ampliação de programas de seguridade social de proteger o indivíduo de infortunas situações assim atenuando a pobreza e marginalização.