Título da redação:

A histórica desigualdade brasileira

Tema de redação: Meios para superar a desigualdade social no Brasil

Redação enviada em 22/03/2017

Os 300 anos de escravidão, somados à colonização elitista que compôs o Brasil, foram os principais motivos causadores da desigualdade social presente no país. Nesse contexto, hoje, observa-se que essa problemática, embora não seja hodierna, recrudesce anualmente e prejudica a qualidade de vida da maior parte dos brasileiros, os quais, por não possuírem uma educação pública de qualidade e condições de vida ideais, são obrigados a conviver com as consequências desse desnível social. De acordo com o revolucionário Nelson Mandela, a educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. Nesse sentido, contudo, é notório que a atual conjuntura educacional oferecida à população mais pobre do país – caracterizada por escolas sucateadas e salários insuficientes – impede que a premissa de Mandela torne-se uma realidade, aumentando, ainda mais, as diferenças sociais, haja vista o acesso facilitado que a parcela mais rica tem às escolas particulares. No Japão, por exemplo, a educação é tratada como a principal forma de ascensão social, evidenciando a necessidade de no Brasil serem oferecidas oportunidades iguais de estudo como forma de diminuir a essa desigualdade em evidência no país. Além disso, outro fator responsável por essa disparidade socioeconômica é a condição de vida, muitas vezes insalubre, que é oferecida à porcentagem menos favorecida economicamente da população. Historicamente, para promover o embelezamento do país, essa parcela sempre foi direcionada para ocupar as periferias das cidades, uma ilustração disso aconteceu no Rio de Janeiro, na gestão do Prefeito Pereira Passos, o ocorrido foi o motor precursor das primeiras favelas. Desse modo, por habitarem em localidades distantes do centro, esses indivíduos acabam sendo desprivilegiados de terem acesso à saúde, segurança e educação, aumentando, assim, essa problemática. Como prova disso, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% da população mais pobre do país vive em favelas. Nessa perspectiva, para que seja possível diminuir a desigualdade social presente no Brasil, mostra-se necessária uma ação conjunta entre Estado e sociedade. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação (MEC), por meio da criação de associações governamentais, a destinação efetiva dos recursos financeiros dados à educação pública para o pagamento de profissionais e a reconstrução de escolas, visto que são os motivos geradores da educação precária oferecida à população mais pobre. Ademais, é imprescindível que o terceiro setor, composto por indivíduos que buscam melhorias na sociedade, crie corporações que comuniquem ao Poder Público as melhorias mais urgentes que as regiões pobres necessitam para possuírem condições ideais de vida. Assim, será possível, em longo prazo, a reformulação de um país historicamente marcado por disparidades sociais.