"A história da sociedade até os nossos dias é a história da luta de classes". A frase do filósofo e sociólogo Karl Marx, permite-nos refletir sobre um grave problema persistente em nossa sociedade: a desigualdade social, que acarreta, injustamente, uma série de vantagens para alguns e desvantagens para outros. Sob esse aspecto, convém analisarmos as principais causas e consequências. Em primeira análise, é possível afirmar que as chamadas "classes sociais" surgiram durante o período de transição entre a Idade Média e a Moderna, com a ascensão da burguesia, classe que permanece no topo da pirâmide até a contemporaneidade. Ademais, a falta de investimento em emprego, cultura, saúde e educação é outro fator que contribui demasiadamente para essa adversidade, visto que promove um aumento nos índices de violência urbana e na marginalização. À vista disso, é nítido a desigualdade social está ligada ao modo em que o Estado organiza a produção e a distribuição de renda, serviços e bens de consumo. Por outro lado, programas de benefícios sociais - como o bolsa família - foram criados com o objetivo de apoiar a população mais pobre, entretanto não foram suficientes para diminuir a diferença entre as camadas sociais. De acordo com o portal de notícias G1, a maior parte dos indivíduos cadastrados nesses programas ainda se encontram em níveis de extrema pobreza. Ou seja, não basta interferir diretamente na renda, mas fazer com que essas pessoas prosperem financeiramente por conta própria. Dessa forma, o Governo deve combater a diferença entre as distribuições de fatores como renda, riqueza e serviços essenciais, por meio de auxílios que incentivem a população a investir no próprio negócio, com a finalidade de garantir a oportunidade de crescimento dos que estão mais vulneráveis à desigualdade. Sendo assim, a luta de classes ainda será a história da nossa sociedade, mas não até os dias atuais, como dito Marx.