De acordo com o IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística), 52 milhões de brasileiros estão abaixo da linha da pobreza, enquanto seis bilionários brasileiros detém a mesma riqueza que mais da metade da população. Ou seja, ao mesmo tempo em que um quarto do povo não possui acesso à saúde, à educação e ao saneamento básico, vivendo com pouco mais de cinco reais por dia, seis pessoas têm um patrimônio multimilionário. Essa é a realidade brasileira, marcada por uma grande desigualdade social. Inclusive, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, o Brasil está entre os 10 países com maior desigualdade do mundo. A desigualdade social, no Brasil, se deve, dentre outras coisas, primeiramente, ao histórico escravista do país, haja vista que, depois de mais de 300 anos de escravidão, os negros foram marginalizados e receberam pouquíssimas oportunidades de crescimento. Consequentemente, hoje em dia, segundo os dados do IBGE, 80,6% deles recebem menos que dois salários-mínimos. Logo, se pode concluir que os negros têm menos acesso as grandes riquezas em comparação aos brancos, por causa, essencialmente, da escravidão e do preconceito, que poderiam ser reduzidos com políticas de combate ao racismo e mais ações afirmativas. Além disso, a desigualdade se deve a falta de investimentos do governo em áreas sociais, como educação e cultura. Isso porque se todos os indivíduos mais carentes tivessem acesso a um bom ensino, eles conseguiram empregos melhores e salários mais dignos. Assim, diminuir-se-ia as diferenças salariais no país. Depreende-se, portanto, que o Brasil vive em meio a um grave quadro de desigualdade social. Sendo necessário para começar a reverter essa realidade que o Legislativo crie uma lei que aumente a tributação sobre grandes riquezas e que isente pessoas, com menos de três salários-mínimos, dos impostos governamentais. Dessa forma, as pessoas com menos posses terão mais recursos para investir em necessidades básicas. Além do mais, com a tributação dos ricos, aumentar-se-á o montante arrecadado e, desse modo, poder-se-á investir mais verbas em áreas sociais.