Desde a consolidação do capitalismo, após o processo denominado "revoluções industrias", o mundo tem priorizado produtos e mercados em detrimento de recursos naturais essenciais à vida humana. De modo que, no contexto atual brasileiro, vê-se a potencialização do consumismo, seguida do acúmulo de resíduos sólidos, cuja problemática se destaca devido aos impactos ambientais e sociais gerados por este. Segundo a Abrelpe, associação especializada em limpeza pública, cada cidadão brasileiro produz cerca de 360kg de lixo anualmente. Consequentemente, esse valor multiplicado pelo número de habitantes no território nacional, resulta na síntese de toneladas de lixo depositado a céu aberto todo ano. Ademais, os principais problemas ligados ao excesso de detritos são a liberação de gás metano, agente intensificador do efeito estufa, e de chorume, substância líquida altamente poluente , que contamina solos e lençóis freáticos próximos. Ainda neste contexto, o lixo urbano é responsável pela criação de uma classe trabalhadora informal bastante vulnerável. Atualmente, é comum reportagens e documentários referentes ao cotidiano de pessoas que trabalhão em lixões de grandes capitais. De modo que, evidenciam-se os riscos de contágio com doenças infecciosas e a suceptilidade de exploração desses indivíduos neste ambiente. Portanto, medidas são essenciais para a resolução desse quadro no Brasil. Primeiramente, caberia ao Ministério da Educação (Mec) promover projetos de conscientização sobre os problemas gerados pelo acúmulo de subprodutos, através de palestras e discussões em escolas e comunidades. Em segundo lugar, o Ministério do Meio Ambiente (Mma) em conjunto com o Ministério do Trabalho (Mte), poderiam organizar centros de reciclagem e reaproveitamento de compostos descartados, a fim de regularizar a mão de obra informal dos lixões enquanto cooperam com a redução de resíduos no país. Assim, todas essas ações contribuiriam para reduzir os efeitos do lixo excessivo nacionalmente.