Na Inglaterra do século XVIII teve início a Revolução Industrial, período no qual surgiram as primeiras máquinas à vapor. Passou-se da manufatura para a maquinofatura. Isso aumentou a produção de forma exorbitante, fazendo crescer também a quantidade de resíduos sólidos descartados diariamente. Além do mais o capitalismo estimula, desde o seu início, o consumo exagerado. No Brasil não foi diferente, e isso se alastra até os dias atuais, fazendo necessária a busca por meios para o controle do excesso de lixo gerado no país. Sabe-se que inúmeras doenças podem e são adquiridas todos os dias através do lixo. Isso ocorre principalmente nos chamados lixões, que mesmo após a promulgação, em 2010, da PNRS (Política Nacional de Recursos Sólidos) que ordenava que até 2014 todos os aqueles deveriam ser extinguidos, continuam existindo de forma clandestina em muitas cidades brasileiras. Essas enfermidades são adquiridas principalmente por catadores que tentam dar sustento a sua família através da coleta de dejetos, apesar de isso não ser possível, devido ao baixo valor pago por esses e a falta de habito da população de separar o lixo, que dificulta o trabalho desses. É de conhecimento geral também que o capitalismo criou a chamada obsolescência programada, isso significa que os produtos fabricados atualmente têm uma vida útil muito curta, se comparado aos antigos. A sede por lucro é a principal causa da utilização dessa “política” que leva os consumidores a comprar mais produtos, gerando uma quantidade exacerbada do chamado lixo eletrônico. Além do mais, no Brasil, a quantidade gerada de lixo é superior ao crescimento populacional, o que caracteriza um enorme distúrbio no controle da geração de resíduos. É visto que a sociedade brasileira, assim como a de outros países, é incapaz de controlar seu próprio consumo e que a profissão dos catadores de lixo é extremamente desvalorizada e possui alto nível de periculosidade devido as doenças. Dado o exposto, é necessário que a PNRS seja emendada e crie um órgão denominado que tenha como função auxiliar os catadores em seu trabalho, distribuindo roupas e equipamentos necessários para que esses realizem a coleta, além de estipular um salário fixo para esses. Além do mais que os Governos Estaduais e Municipais criem campanhas midiáticas, buscando atingir toda a população e faze-la entender que é necessário a realização da separação de lixo em cada domicilio, promovendo a todos uma vida mais “limpa” e digna.