Obsolescência programada. Consumismo. Lixo. Impactos à saúde. Essa sequência evidencia um grande desafio que o país vive com o excesso de lixo gerado. Sob tal ótica é indubitável que a “Obsolescência Programada “, que é uma ferramenta da indústria do consumo, para que o produto comprado hoje fique obsoleto em pouco tempo, contribui com o aumento expressivo do lixo. Augusto de Campos, poeta brasileiro, evidenciou em 1965, por meio do poema “Lixo Luxo”, a contribuição negativa da sociedade frente à problemática. Nesse âmbito, o descarte inadequado do lixo e da ineficiente gestão municipal, o que se observa é que o contexto atual vai de encontro com a teoria do autor, configurando um grave problema social. Em primeiro lugar, é impossível abordar a temática do descarte do lixo sem mencionar a falta de consciência da população. O documentário “Um Oceano de Plástico”, exibido pelo Netfilx, evidencia o quão problemático é para os animais marinhos se alimentarem do lixo, no qual muitos, ainda continuam descartando sem imaginar os danos que poderá causar, visto que, ele se acumula no estômago dos animais, levando-os à morte. Dessa forma, vê-se que, não somente o lixo é um problema para a vida terrestre como também é para a vida aquática. Outrossim, vale ressaltar que a coleta do lixo no Brasil é de responsabilidade municipal e fazê-la de forma seletiva é essencial para a manutenção dos aterros sanitários. Entretanto, devido à falta de fiscalização as prefeituras estão cada vez mais alheias a esse processo e o lixo acaba sendo descartado de maneira indevida. Prova disso, se tem os anacrônicos lixões a céu aberto ainda tão presentes na realidade nacional e a inamputada ou inexistente coleto seletiva. Segundo estudos da “Abrelpe”, mais de 1559 cidades não possui a gestão correta do lixo e estão em desacordo com a lei. As consequências vão além dos danos ambientais, do solo e da água, chegando a saúde humana, que fica exposta a inúmeras patologias. Fica clara, pois, a urgência em criar medidas para controlar o excesso do lixo gerado. Para isso, o Mec pode desenvolver a consciência dos alunos, por meio de palestras com os profissionais Biólogos marinhos abertas ao público, para que eles abandonem a inconsciência do descarte inadequado e adotem a política dos 3 “Erres”: reduzir, reciclar e reutilizar. Ademais, urge que as Esferas Administrativas Federais, fiscalizem os Municípios por meio do disk denúncias e apliquem multas àqueles que estiverem em desacordo com a lei para sanar os lixões. Além disso, as Prefeituras devem fortalecer o sistema de coleta seletiva por intermédio de incentivos fiscais e colaborem para a proliferação de empresas de reciclagem, com o intuito aproveitar ao máximo os resíduos recicláveis e manter os aterros sanitários sustentáveis.