Desde a Segunda Revolução Industrial,com o vertiginoso crescimento mundial do consumo,a preocupação com a geração e o descarte de resíduos vem se acentuando no Brasil,que sempre esteve sob forte influência de países consumistas,ainda há,na contemporaneidade,problemas de saúde,sociais e ambientais ocasionados pela produção excessiva de resíduos e seu destino final. Nessa perspectiva,observa-se que o lixo é uma problemática agravada pelo descaso da população e pela ineficiência de medidas governamentais. Nesse sentido,é válido ressaltar que parte da população não faz esforço para reduzir sua produção de lixo. Dados de uma pesquisa do IBGE indicam que cada brasileiro gera,em média,300kg de lixo por ano. Desse modo,os indivíduos acabam por ser prejudicas por algo gerado pelos próprios - por meio da contaminação do solo,do ar, da proliferação de vetores de doenças,o que configura uma ilustração célebre da frase "O homem é o lobo do homem",do filósofo Thomas Hobbes. Em vista disso,torna-se preciso apontar também a insuficiência de medidas governamentais como fato corroborativo para o tratamento incorreto de lixo. Tal fato evidência-se na tragédia ocorrida em Goiânia no ano de 1987,no qual correu descarte incorreto do elemento Césio-137,resultando em inúmeras mortes e anos de contaminação do solo. Salienta-se que a má fiscalização pelo setor da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais ,assim como lugares apropriados para a destinação de cada lixo. Nota-se,pois, a necessidade do engajamento popular e governamental para a solução da problemática do lixo. Esse empenho pode se dar por meio do aumento de repasses orçamentários do legislativo para a construção de aterros sanitários;pela cobrança da sociedade por meio da fiscalização de locais de descarte já existentes para prevenir a contaminação ambiental,além da implementação de palestras sobre malefícios do consumo desenfreado nas escolas , assim como conteúdo obrigatório no currículo básico.