A geração de lixo e seu posterior acúmulo se tornaram, gradualmente, grandes problemas a serem enfrentados pela humanidade. A quantidade de resíduos descartados atualmente é enorme e decorre, principalmente, do elevado crescimento populacional, da cultura consumista que impera em muitos dos países do mundo e do desenvolvimento e utilização de materiais mais resistentes à decomposição. O Brasil tem lidado de forma pouco eficiente com a questão: possui baixa taxa de reaproveitamento dos rejeitos, que ainda são amontoados nos famosos lixões em muitas cidades brasileiras. Segundo dados apresentados na revista Exame, Apenas 3% do lixo produzido em território brasileiro é reciclado. Esse percentual é muito baixo, especialmente se comparado aos de países europeus, cujos índices de reaproveitamento chegam a superar os 50%. Com o fim de tentar mudar essa realidade, entrou em vigor, em 2010, a lei federal que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O referido dispositivo legal fez crescer o número de municípios com programas de reciclagem. Entretanto, isso não vem sendo suficiente para superar a cultura da desvalorização das boas práticas de manejo do material descartado estabelecida no país, a qual ainda é fortalecida pela ausência de políticas públicas de conscientização da população. Outro fator que merece atenção é o destino final do lixo. Ainda é comum nos municípios brasileiros a existências de lixões. Com armazenagem à céu aberto, esses espaços são muito prejudiciais à natureza: atraem animais transmissores de doenças, poluem o ambiente circunvizinho e o chorume, líquido proveniente da decomposição dos materiais, é capaz de se infiltrar, contaminando o solo e os lençóis freáticos. A extinção desses locais e sua substituição por aterros sanitários licenciados também foram previstas pela norma jurídica anteriormente mencionada e deveria ter ocorrido até o final de 2014, contudo, a falta de recursos financeiros fez com que muitas prefeituras não fossem capazes de cumprir tal determinação. Sendo assim, os órgãos especializados do Estado, como é o caso do Ministério da Educação, devem implementar políticas públicas que consigam atingir toda a população, incentivando as práticas da reciclagem e da coleta seletiva. Também à Administração Pública cabe a realização de investimentos em infraestrutura, com a disponibilização de recursos que possibilite a criação e manutenção de programas de reaproveitamento bem como a construção de aterros sanitários pelos Municípios. Finalmente, resta às pessoas a adoção de novos hábitos que assegurem uma relação mais sustentável com o meio ambiente. Vou aproveitar esse espaço para pedir ao corretor dicas de como desenvolver os textos mais rapidamente (se possível adicionar aos comentários).