De acordo com o jornal “O Globo”, a geração de lixo no Brasil tem crescido cinco vezes em relação ao aumento populacional. Esse lixo se relaciona com o problema de descarte correto, o qual faz necessária a alocação de terras para aterros sanitários. Diante disso, urgem meios para o controle do excesso de lixo gerado no Brasil. Em primeiro lugar, há significativa produção de lixo no país. Isso é resultado do crescimento econômico brasileiro. Nações mais desenvolvidas geram mais lixo porque consomem mais, especialmente no mundo capitalista, em que os produtos logo se tornam obsoletos e para o qual importa mais o ter do que o ser. Em segundo lugar, a composição do lixo gerado no Brasil é majoritariamente orgânica (cerca de 57% do total). Esse lixo orgânico contém nutrientes importantes para culturas agrícolas. Quanto ao restante do lixo, a maior parte é composta por plástico, papel, vidro e metal (segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), que, se reaproveitados, geram empregos aos catadores e economizam matéria-prima e energia. Em suma, há como resolver a questão do controle do excesso de lixo gerado no Brasil. Uma proposta é conscientizar a população quanto ao mal de descartar equipamentos capazes de uso, invertendo a ideologia capitalista, por meio de campanhas promovidas pelo Estado nas emissoras de rádio e de televisão. Outra proposta é reutilizar o lixo, tanto orgânico quanto inorgânico. Este serviria para a produção de novos produtos sem a necessidade extração de mais recursos naturais. Aquele deve ser usado como fonte de nutrientes na agricultura. Para tanto, a distribuição de lixeiras que separam o lixo, em pontos estratégicos nas cidades, é necessária. Com todas essas práticas, haveria redução do lixo descartado no país.