Título da redação:

Lixo que não é lixo.

Tema de redação: Meios para o controle do excesso de lixo gerado no Brasil

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Redação enviada em 01/11/2017

Atrelada ao contexto da Globalização, a sociedade contemporânea é caracterizada por um consumismo desmesurado o qual converge para o termo da Obsolescência Planejada. Nesse sentido, o homem, hoje, é submetido a consumir cada vez mais e, simultaneamente, a gerar um excesso de resíduos. Estes, afligem o Brasil pela sua má gestão, bem como na fraca sedimentação de métodos para o controle do lixo produzido no país, a exemplo da conscientização e atitude da população, além de políticas públicas que vão ao encontro da logística reversa. É importante pontuar, de início, que o âmbito social brasileiro engendra, sistematicamente, resíduos sólidos pela sua prática de consumismo exacerbado. De fato, esse cenário é evidente em dados da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) os quais corroboram que, em média, cada habitante descarta 1 kg de lixo por dia. Ademais, muitos indivíduos convivem com a falácia no que tange ao descarte de detritos isento de consequências nefastas tanto para o meio ambiente quanto para si, refletindo, desse modo, na falta de conscientização desses sujeitos. Destarte, atitudes responsáveis e cooperativas podem ser um dos métodos relacionados à problemática do lixo. É fundamental designar, ainda, que a fraca aplicação de políticas públicas pelo Estado potencializa os resultados truculentos ligados ao excesso de detritos gerado. Efetivamente, embora a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) evoque a prática da logística reversa, isto é, do manejo adequado dos resíduos por um viés reciclável, esse ínterim não é acompanhado em inúmeras cidades brasileiras, nomeadamente as periféricas. Sob esse prisma, os lixões a céu aberto perduram como o destino final do lixo produzido antropicamente e, nesses locais, é legível a degradação dos lençóis freáticos pelo chorume proporcionado pelo acondicionamento dos detritos, bem como na transmissão de enfermidades para os indivíduos estigmatizados pela sociedade, como os catadores de lixo. Portanto, o controle do excesso de resíduos gerados no Brasil perpassa por atitudes mútuas do Governo Federal e sociedade. À vista disso, é necessário que os citadinos tenham uma maior consciência do seu papel no que se refere ao descarte do lixo correto, para isso, os veículos midiáticos de informações podem subsidiar por meio de ficções engajadas que abordem sobre a importância do manejo adequado dos detritos, delineando, por consequência, que a população consuma em prol de uma sustentabilidade. Outrossim, que o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com os municípios, concretize a logística reversa por intermédio da coleta seletiva nos aglomerados urbanos e rurais, além de oferecer oportunidade de ascensão social aos catadores de lixo com a inserção desses no processo de reciclagem nos lixões, objetivando, assim, que o controle do lixo seja interceptado por um aspecto social e ambiental. Assim sendo, poderá se construir a ideia de que lixo não é, necessariamente, lixo.