Título da redação:

Gestão de resíduos no Brasil

Tema de redação: Meios para o controle do excesso de lixo gerado no Brasil

Materiais:

Redação enviada em 18/08/2018

No filme de animação e ficção científica Wall-e, é retratado um futuro mundo inabitável e repleto de lixo, onde um robô passa seus dias arrumando os entulhos do planeta. Em contrapartida, na realidade, pode-se perceber que a esfera global está caminhando rumo ao que é ilustrado no filme, devido, principalmente, a fatores como a má administração dos resíduos por parte do governo e o descaso e despreocupação da população com a correta destinação do lixo. Dessa forma, vê-se que esses entraves são alarmantes e não devem ser negligenciados. Em primeira análise, cabe frisar que no Brasil, nos últimos anos, percebeu-se uma enorme ineficiência no que se refere à administração de resíduos, sobretudo os sólidos. Ademais, é perceptível que, apesar de existirem várias práticas de reciclagem no país, tais como: a coleta de lixo nas casas, a forte divulgação através das mídias dos 3 R’s (reduzir, reciclar e reutilizar), e até mesmo leis que auxiliem na problemática e preservação do ambiente, ainda não se consegue pô-las em prática, devido a escassez de informação à população por parte do Governo, que faz com que as mesmas não sejam efetivamente cumpridas no país. Nota-se, ainda, que os agravantes do problema são a incorreta separação do lixo antes mesmo de sair dos lares, principalmente do orgânico, e também as atividades industriais que geram lixo em excesso, ambas acabam o destinando indevidamente, dificultando, portanto, o trabalho dos catadores e fazendo também com que haja a produção de chorume. Todavia, o final destino acaba sendo nos vazadouros ou em aterros sanitários, que deixam toda a sujeira ao ar livre, e isso é um grande entrave para várias prefeituras no Brasil, afirma a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Ademais, vê-se que o impasse provoca a proliferação de insetos e, consequentemente, de doenças, afetando principalmente as pessoas menos favorecidas que residem próximo a esses locais e aumentando o acúmulo de lixo no país. Outrossim, durante o período da Revolução Industrial, houve o êxodo rural e observou-se, então, um enorme crescimento populacional, o advento de novos materiais (principalmente após a segunda guerra mundial) tendo, como consequência, um enorme acúmulo de lixo em vários países europeus, pois nessas épocas houve intensas produções de novos itens, como de carro, móveis, armas, entre outras. Em contrapartida, na atualidade, um desses países é a Suécia, que de acordo com o jornal Hiperscience, é um país tão revolucionário que está quase ficando sem lixo, o que deve-se ao fato do país contar com 32 instalações de incineração, que convertem os resíduos em energia elétrica evitando, assim, que sejam destinados em aterros, onde produzem gás metano, um gás tóxico que contribui para o efeito estufa. Diante disso, percebe-se que o Brasil também poderia investir no reaproveitamento do lixo e diminuir cada vez mais os aterros e, os famosos “lixões”. De acordo com o químico Lavoisier, “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A partir de sua ideia, é importante que o Ministério do Meio Ambiente deve, em parceria com o Governo investir na prática da coleta seletiva em todo o país, utilizando caminhões de lixo que devem passar frequentemente nas residências. Além disso, para que isso seja mais descomplicado, tornam-se necessárias também campanhas direcionadas às famílias, promovidas pela mídia, que reeduquem no que se refere a correta separação do lixo, para que assim cada “cor” da lixeira seja destinada corretamente. Somente assim, o Brasil poderá ser um país mais limpo e o oposto do que é exibido no filme Wall-e.