Desde a revolução industrial ao mundo contemporaneo, é inerente a ambição do homem em suprir cada vez mais suas necessidades ilimitadas. A relação dualística entre produtores e consumidores é um ciclo altamente adaptativo e necessário. A socidade do consumo advém como uma das principais características do capitalismo, onde o consumo massivo leva ao acúmulo de objetos e excesso na produção de lixo. Desta forma, é notório os impactos negativos que afetam o meio ambiente. No Brasil, o aumento da produto de resíduos sólidos é uma problemática que tem se tornado bastante expressiva nos principais meios de comunicação. A gestão ineficaz da destinação dos resíduos, sejam eles de tipos urbanos, domiciliares ou ainda oriundos de processos industriais propiciam o surgimento de inúmeros problemas ambientais e sociais. De acordo com Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), os resíduos orgânicos representam 57% do total descartado no país, ou seja, pouco mais de 40 toneladas de sobras de alimentos não tem o tratamento adequado em toda a sua cadeia de valor. E assim, as sobras que poderiam estar alimentando famílias em situação de pobreza, viram literalmente lixo. Diante deste cenário, a perspectiva de se estabelecer normas, princípios, bem como diretrizes para um melhor gerenciamento dos resíduos, é de extrema relevância. Em 2010, foi instituída a lei da política nacional de resíduos sólidos com objetivo de melhorar a forma como os recursos são empregados na produção de bens e serviços como no reaproveitamento do lixo. Atualmente, os aterros sanitários são proibidos por lei desde 2014, os quais deveriam ser erradicados, pois o lixo depositado não possuem qualquer tipo de controle ambiental. Estes vazadouros de lixo também constituem um grave problema sócioambiental. Os solos e lençõis freáticos sofrem com a contaminação, assim como o ar quando da liberação dos gases nocivos a camada de ozônio. Sendo assim, é preciso que o poder público intensifique a fiscalização sobre o cumprimento da lei e aplique as sanções cabíveis para aqueles que a ignoram. É válido ressaltar também, a necessidade de criar parcerias público privadas na adoção de programas de capacitação para uma melhor conscientização dos problemas causados pelo excesso de lixo e incentivos ao desenvolvimento de sistemas e pesquisas voltadas para melhoria dos processos produtivos e métodos eficazes no tratamento e destinação final dos resíduos.