“Geração de lixo no Brasil aumentou cinco vezes mais do que a população” é o título de uma noticia publicada pelo jornal O Globo. Tal situação é extremamente preocupante, pois essa grande quantidade de resíduos está sendo gerada pelo consumismo exacerbado e está causando problemas de saúde em muitas comunidades. O capitalismo tem como o seu principal objetivo fazer com que as pessoas comprem mais gerando a “mais valia”, segundo Karl Marx. Assim, a população compra na mesma proporção em que descarta o que gera um altíssimo desperdício. Segundo pesquisas da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), cerca de 57% do lixo são sobras de alimento eliminadas indevidamente pela sociedade que poderiam ser melhor aproveitadas com o descarte correto. Ademais, os resíduos não coletados podem provocar enchentes no período de chuvas ao entupir bueiros. O Programa Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) proibiu a existência de lixões a céu aberto em 2010, mas nem todos esses foram extintos do Brasil. Assim, com detritos expostos e chuvas, desde as mais finas até as torrenciais, temos a situação perfeita para o desenvolvimento e disseminação de várias doenças, como a leptospirose que é transmitida pelo rato, criando assim um grave problema de saúde pública. Em síntese, o despejo irregular do lixo causa imensos transtornos para todos os envolvidos e precisa de uma solução. Para isso, é preciso que o Youtube e as redes sociais façam uma campanha conjunta para conscientizar a audiência de que é importante promover a reciclagem dos produtos e a separação de materiais para a coleta seletiva para um melhor aproveitamento. Em consonância, o Ministério da Educação deve promover uma semana dedicada ao cuidado com o lixo nas escolas, ensinando a fazer adubo orgânico usando restos de alimentos. A famosa frase de Lavoisier “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” precisa ser aplicada no dia a dia das pessoas para um descarte correto dos resíduos.