Segundo a Abelpe, em 2011 o Brasil produziu cerca de 62 milhões de toneladas de lixo e 42% foram destinados a locais inadequados. Isso se constitui uma triste realidade, onde o consumismo e o descaso com a reciclagem, somados à falta de incentivo do governo, a tornam ainda mais freqüente. A problemática do excesso do lixo e a falta de controle do mesmo acarretam terríveis, e até irreversíveis, danos ao meio ambiente e ao ser humano, posteriormente. De fato, a reciclagem ainda não é vista pelos brasileiros como algo de extrema importância, sendo pouco valorizada e frequente. Deve-se isso a cultura imediatista imersa no país, não havendo grande preocupação, por parte da população, no destino do lixo se não houver reciclagem e as conseqüências disso. Por conseguinte, materiais que poderiam ser reutilizados são descartados de forma incorreta, juntamente com outros de diferentes composições, sendo decompostos, geralmente, após longos anos pela natureza. Além disso, o depósito de lixo no Brasil ainda acontece de maneira inadequada, apesar da existência de políticas que proíbem o armazenamento nesses locais. Isso ocorre visto que há um grande descaso do foverno com essa questão, não colocando em prática leis que poderiam frear essa problemática, como observa-se na Lei Nacional dos Resíduos Sólidos. Tal lei promete que todo lixo teria destinação correta até 2014, o que não se constitui uma realidade: depósitos de lixo a céu aberto ainda abrigam considerável volume de lixo. Consequentemente, danos à fauna e a flora locais, além da contaminação dos lençóis freáticos, intensificam-se. Observa-se em suma, a importância de meios para minimizar a questão do excesso de lixo e sua destinação incorreta no Brasil. O governo, por exemplo, poderia incentivar as áreas da pesquisa e da tecnologia a fim de elaborar um eficiente tratamento de chorume, no qual transforma o mesmo em metano e energia. Outrossim, essa mesma instituição, aliada à mídia, poderia divulgar propagandas conscientizando a população dos malefícios da falta de reciclagem e, assim, estimular essa atitude. Desse modo, o Brasil estaria mais próximo de alcançar o equilíbrio entre consumo e sustentabilidade.