Para adaptar-se ao ambiente e, desse modo, sobreviver, o homem sempre interveio na natureza, secundando a produção de resíduos. Contudo, no século XXI, com o desenvolvimento do meio técnico-científico-informacional a acumulação de lixo tornou-se mais frequente. Esse cenário desafiador decorre do consumismo e dia falta de projetos governamentais efetivos. Consoante Zygmunt Bauman, a pós- modernidade é caracterizada pelo consumo excessivo. De fato, a maior disponibilidade de produtos e a influência da mídia para a comercialização destes corroboraram tal mentalidade, pautada na significativa acumulação de bens e na obsolescência programada. Logo, para reduzir os detritos gerados e,assim, melhor geri-los, é mister a redução do consumo individual. Outrossim,segundo o filósofo moderno Rousseau, é dever do Estado garantir o bem estar social.Nesse sentido, é necessária a implantação da coleta seletiva pelo governo municipal, a fim de que haja melhor gestão dos resíduos urbanos e, consequentemente, a menor poluição do espaço público. Nesse sentido, deve haver a mobilização popular para que o projeto seja efetivo. Infere-se, portanto, que as intempéries relacionadas ao lixo decorrem do consumismo hodierno e da insuficiência de programas estaduais para este âmbito. Destarte, é preciso que as instituições escolares incitem o desenvolvimento de uma mentalidade social pautada na menor aquisição de produtos supérfluos e no descarte correto de resíduos, ou seja, de acordo com a coleta seletiva. Para isso, é necessária a maior instrução dos discentes, por meio das disciplinas Filosofia e Sociologia, com intuito de, com a educação, desenvolver cidadãos mais conscientes a respeito do controle do lixo e da preservação ambiental.