O mundo mudou muito quando se compara o arcaico com o contemporâneo, junto com ele o lixo também foi lentamente modificado. Estima-se que até meados do século XX os resíduos não eram um problema, pois eram constituídos por matérias orgânicos e biodegradáveis, porém, com a adaptação ao modelo econômico capitalista as indústrias se proliferaram e o consumismo exacerbado se tornou uma grande marca do estilo urbano. Calcula-se que cada indivíduo produza em média 1 kg de lixo por dia, a maioria proveniente do lixo doméstico e industrial, os quais constituem o “lixo urbano” característico de resíduos sólidos e em sua maioria tóxicos, por isso nas grandes cidades é comum avistar lixões à céu aberto, estes acabam prejudicando o solo tornando-o ácido, contaminando os lençóis freáticos com o popular chorume, causando a mortalidade de animais aquáticos quando liberados em água corrente, atraindo vetores de doenças irreversíveis como ratos e mosquitos, liberando gases poluentes para a atmosfera e prejudiciais para os próprios humanos. Vale salientar que a maioria das áreas urbanas do país não possui uma coleta de lixo eficiente, por isso muitos lugares ficam sem esse serviço básico, além disso, não há mais a preocupação dos moradores em separar os materiais recicláveis dos não recicláveis para que o órgão responsável pela coleta encaminhe esses resíduos para uma estação de tratamento adequada, ou de tratar o lixo doméstico, pois o comodismo de comprar tudo tomou conta dos seres humanos. A questão do lixo é uma questão de todos, pois prejudica toda a esfera social e se apresenta como um retrocesso num mundo de evoluções, é preciso reeducar a população para que as gerações futuras não sofram tanto. O governo deve incentivar as pessoas a cultivarem uma horta como se fazia antigamente utilizando a compostagem como uma alternativa, quanto às industrias, estas devem tratar seus resíduos sólidos antes de despejá-los, mas ainda sim o serviço de coleta deve melhorar muitos no Brasil para que se tenha uma harmonia completa.