Após o desenvolvimento do modelo fordista, que prevê a produção e o consumo em massa, a quantidade de lixo aumentou exacerbadamente no Brasil. Nesse contexto, a resolução desse problema pressupõe uma ação conjunta do governo e da população, com o fim de uma melhor gestão dos resíduos sólidos. Em primeiro plano, apesar dos avanços nos últimos anos, a negligência estatal quanto às políticas de reciclagem ainda é preponderante no Brasil. Nesse sentido, pequena parte dos municípios cumprem a Lei de Resíduos Sólidos. Consoante Rousseau no livro “O Contrato Social”, o Estado serve para garantir a resolução dos problemas coletivos dos cidadãos. Diante disso, cabe aos governantes uma maior participação na coleta e reciclagem lixo, principalmente por meio da associação com as cooperativas de catadores, que são importantes realizadoras desses processos. Além disso, de acordo com o jornal O Globo, cerca de 40% do lixo brasileiro está disposto de forma inadequada. Nesse âmbito, são relevantes uma maior consciência da população acerca do descarte adequado do lixo e uma mudança, da ação individual para a coletiva, no modo de trabalho dos catadores de lixo, visto que segundo um estudo realizado pela USP (Universidade de São Paulo), esses profissionais trabalhando em cooperativas apresentam maior produtividade que sozinhos. Dessa forma, pode-se aumentar a gestão dos resíduos sólidos e, consequentemente diminuir o seu excesso. Posto isso, cabe às associações de catadores, por meio das redes sociais, criar publicações com o fim de atrair novos membros, informando nelas os ganhos de eficiência com essa forma de trabalho. Outrossim, cabe aos pais dar bom exemplo aos filhos, fazendo o descarte correto dos produtos, evitando jogá-los no meio ambiente. Também é relevante que a sociedade civil eleja, por meio do voto, candidatos comprometidos com a questão do lixo. Assim sendo, em logo prazo, diminui-se o excesso de resíduos sólidos no Brasil.