Comenta-se, com frequência, a respeito da produção desenfreada de lixo que vemos no país. Tem-se toneladas de lixo todos os dias chegando em aterros sanitários, podendo sê-lo doméstico ou industrial. Para reduzir a produção de lixo deve-se desandar a lógica do capitalismo. Foi durante o século XVIII que houve o pontapé inicial para a nossa roda de consumo, a Revolução Industrial. Com ela veio a necessidade de se vender cada vez mais para que as pessoas comprasse cada vez mais aquilo que não precisava. Uma vez comprado algo, outro produto era colocado no lixo. Esse processo começou a ocorrer de forma lenta, e nos dias de hoje, já acontece rapidamente. Tornou-se um hábito comprar e descartar sem pensar para onde está indo o que não queremos ou julgamos não prestar. Porém, devemos mudar esse hábito errôneo que veio imposto junto com o capitalismo, o consumismo. Consumir menos nos levar a uma menor produção de lixo. Quantas vezes já descartamos sem pensar o que poderia de ser feito com, por exemplo, um tênis, ou televisão velha e até mesmo com aquele resto orgânico que vai para o lixo? Por um lado pode-se investir em informação para a população de como reaproveitar ou reutilizar materiais recicláveis, que são em maioria nos aterros, e em palestras em associações de bairro e em escolas para desconstruir a ideia de sempre buscar comprar algo que muitas vezes não se precisa. Por outro lado, o governo deveria investir em coleta seletiva no lugar da coleta comum dando assim o destino certo para cada material. A eliminação por completa do lixo é impossível, pois é do ser vivo produzir lixo. Mas com a ação do governo de conscientizar a população e de promover coletas seletivas dará tempo ao meio ambiente de restabelecer o seu equilíbrio.