Através de um pacto social, o cidadão e o governo conferem uma série de direitos e deveres um ao outro. Ao pagar seus impostos, o indivíduo espera receber do Estado serviços de qualidade, como saúde, educação e segurança. Ao passo que esta espera não é correspondida, um sentimento de revolta toma conta da população, que pode acabar realizando a justiça com as próprias mãos. Cada vez é mais frequente casos nos quais o povo se une, sem o poder público, para julgar e executar criminosos, realizando os famosos linchamentos. Alvo de críticas, as pessoas se dividem entre pró e contra linchamentos. Aqueles que estão a favor desacreditam na eficiência do governo e querem justiça a qualquer custo. Já os indivíduos contra linchamentos confiam no julgamento do Estado e na recuperação do indivíduo. A grande revolta dos brasileiros é reflexo dos precários serviços públicos. No caso dos linchamentos, a insegurança e, consequentemente, altos níveis de criminalidade, é o causador da revolta. Logo, fiscalizar e combater ''atos de justiça'' popular não resolveria o verdadeiro problema. Em suma, a precária segurança pública revolta a população brasileira, que reage através dos linchamentos. A verdadeira solução para este problema é a redução da criminalidade, através de investimentos corretos na área da educação, a fim de proteger os jovens do mundo do crime, e uma reformulação no sistema carcerário, de modo que este possa reintroduzir o criminoso no ambiente social e no mercado de trabalho. Deste modo, linchamentos não serão mais um problema, pois a população estará segura.