A tentativa de fazer Justiça com as próprias mãos não é um problema atual. Há dois mil anos, Jesus de Nazaré foi acusado de desestabilizar a ordem, levado por meio da população, à morte. Entretanto, hoje, em pleno século XXI, muitos brasileiros também tomam decisões sem ser por vias legais, como o linchamento. Além de desrespeitar as leis brasileiras, pode causar a morte de inocentes. Embora a Constituição, de 1988, propícia segurança à população, isto não acontece plenamente. Muitos brasileiros, insatisfeitos com a demora nos julgamentos de casos por meios de órgãos públicos, decidem criar um juri popular, onde a própria população julga e pune o "réu". Tal ato configura-se uma prática ilegal, assegurada pelo Código Penal, artigo 345. Vale ressaltar também, que os linchamentos pode colocar a vida de inocentes em risco. Como por exemplo, o caso de Fabiane de Jesus, moradora do Guarujá, São Paulo, que foi confundida com uma sequestradora de crianças que atuava na região. Foi morta brutalmente pelo juri popular, sem ao menos poder ser defender. Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para solucionar esse empasse. Para que isso ocorra, é indispensável que a população cobre melhoria na área de segurança pública, para que haja uma aceleração nos processos de julgamentos, evitando que a população tenha tempo para agir. Além disso, é necessário que usuários de redes sociais, antes de postar qualquer informação, fiscalize a autenticidade da mesma, evitando assim, os linchamentos.