Título da redação:

Justiça para quem?

Tema de redação: Justiça com as próprias mãos: o impacto na sociedade brasileira

Redação enviada em 11/02/2016

Nos dias que se seguem na sociedade brasileira, nota-se uma enorme problemática no que se refere à punição de infratores e desordeiros da sociedade vigente. Maior indignação é tomada na consciência dos cidadãos que veem crimes sendo ocorridos e a Justiça, que teoricamente é encarregada de corrigir os atos de tais meliantes, simplesmente assiste de camarote e na maioria dos casos as brechas do Código Penal e suas leis vigentes acobertam esses crimes. A geração atual do Brasil acostumou-se à passividade das leis penais do país, de tal modo que gerou uma onda seja ela de insatisfação, seja ela de vingança. Tal atitude faz renascer o primeiro código de leis que se tem conhecimento: o princípio de Talião, e essa "justiça" aplicada não comporta os princípios básicos de um código civil mais atual, fazendo com que tal princípio se cumpra: "Olho por olho, dente por dente". Essa ideologia sugere uma via de mão dupla, pois não há como justificar um crime com outro, não há como salvar outro de um incidente grave; contudo, às vezes essa metodologia se faz necessária em virtude da impunibilidade da Justiça brasileira. Do exposto advém outra importante preocupação para com a sociedade: Qual a natureza do homem e como o estado deveria se portar a esse comportamento? Em diversas correntes diferentes de pensamento sociológico e filosófico, há um consenso de que o ser humano é por essência, livre e igual perante a todos; porém o fato de serem livres não implica em dizer sejam soberanos. É nesse contexto que pode ser observada a teoria contratualista de Thomas Hobbes, a qual conclui que o homem, embora viva em sociedade, não possui o instinto natural de sociabilidade, como Aristóteles havia afirmado. Hobbes pregava que o homem encara seu igual como concorrente que precisa ser dominado, onde sempre haverá competição até que se haja domínio, a partir daí pode-se inserir tal contexto na mentalidade de quem pratica a justiça aplicada pelas mãos. Em suma do que foi apresentado, sugere-se que a população não espere as autoridades de mãos atadas e exerça seu dever de cidadão participando ativamente da vida política e exigindo o aperto de tantas brechas deixadas pela Lei, e que a Justiça cumpra sua função de julgar com procedência os infratores dessa casa de mãe Joana chamada Brasil.