Título da redação:

Justiça ou injustiça: Moral com Ética.

Tema de redação: Justiça com as próprias mãos: o impacto na sociedade brasileira

Redação enviada em 09/03/2017

Ser justo ou injusto no Brasil ou no Mundo é relativo, visto que são atos característicos de alguns períodos ou épocas do amadurecimento social. Depende do meio em que estamos inseridos, da moral, da ética, do gênero, etnia ou raça do injustiçado, do agente praticante ou paciente da arbitrariedade, bem como de quem conta a história. Na década de 50, nos Estados Unidos, onde a segregação racial era legal, Rosa Parks __ uma costureira, cidadã americana e negra __ recusou-se a ceder o banco no qual estava sentada para um homem branco. Foi condenada a prisão por contrariar uma (dentre tantas) norma de separação racial vigente. Em Israel, a única “democracia” do Oriente Médio, há cidadão de “1ª classe” (judeus), de “2ª classe” (árabes judeus) e povo marginalizado (palestinos). Além do mais, são recorrentes prisões autoritárias de pessoas de várias nacionalidades pelo fato de prestarem ajuda humanitária básica aos últimos como: distribuição de alimentos, remédios e auxílio médico. Isso é justo ou injusto? Depende em qual berço nascemos: para os sionistas é justo. No Brasil, o país da “democracia racial”, não é diferente. Absorvemos naturalmente e indiferentes o noticiário repleto de matérias abordando a violência policial, a corrupção em todas as classes, níveis e esferas da Administração Pública, ou ainda, a disseminação e multiplicação do ódio racial e intolerância religiosa através da popularização da internet. E pasmem! Raquel Sherazade, âncora de um telejornal de alcance nacional do SBT, absolveu e parabenizou a ação de populares que acorrentaram, pelo pescoço a um poste, um menor suspeito de furto, sem dar-lhe o contraditório e a ampla defesa __ como prega o artº 5, entre seus incisos, a Constituição Cidadã. Enfim, optar em praticar a “justiça” pelas próprias mãos é uma questão individual de cada cidadão, contudo, convivemos em um Estado Federativo com Governo Republicano, logo, o primordial é obedecer o regramento constitucional, acreditar nas instituições do país e aceitar que muitas pessoas não são justas ou perfeitas, mas apenas humanas e sujeitas a erros.