Desde os primórdios da civilização, o desejo de punir aqueles que infringiram as regras da tribo existe. Um exemplo disso é o Código de Hamurábi, criado na Mesopotâmia no século XVIII a.C, que buscava controlar e padronizar as punições para cada delito cometido, e aonde se encontra a tão famosa lei “Olho por olho, dente por dente”. No Brasil, atualmente, o percentual de pessoas que buscam justiça pelas próprias mãos tem aumentado, e o único responsável por esse problema é o Estado. O Estado foi constituído para controlar a sociedade, conceder direitos iguais a todos e suprir todas as necessidades de uma nação, e entre essas necessidades está incluso o direito de justiça. Se algum crime ocorre e a vítima sente que a punição do criminoso foi muito branda, essa pessoa se sentirá no direito de encontrar a justiça que deseja na vingança. No entanto, por exemplo, ao assassinar o indivíduo que tirou a vida de seu filho, o sujeito não compreende, por estar agindo impulsivamente, e não por racionalidade, que iniciou um ciclo vicioso, pois acabou de se tornar um assassino também. Comumente no Brasil, pessoas abastadas compram justiça. Como afirma Rousseau: o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, o ser humano é influenciado pela sociedade e submisso à ela, e muitas das vezes quem deveria defender um indivíduo, acaba se vendendo por dinheiro, fazendo com que a justiça não se concretize e deixa lícito que a justiça não cabe à todos. Para erradicar os casos de justiça com as próprias mãos, é necessário que o Poder Legislativo formule leis mais severas e que o Poder Judiciário as aplique de maneira correta e efetiva. Investimento em cursos profissionalizantes e educacionais para detentos também é uma boa opção, pois diminui o índice de reincidência ao crime. Entretanto, o mais importante papel do Estado é combater a desigualdade social, promovendo melhorias na qualidade da segurança pública e educação nacional, permitindo que a comunidade carente tenha a perspectiva de um futuro melhor. Para Thomas Hobbes: o homem é o lobo do homem, e se não combatermos as desigualdades e injustiças, o homem será responsável pela própria extinção.