O tema sobre a questão da justiça com as próprias mãos, é um debate que envolve valores morais e sociais, isso, porque envolve também pessoas com opiniões divergente umas das outras. Quem nunca se sentiu desprotegido perante o Poder Judiciário no Brasil, que em meio a tantos casos, ainda gera descrença da sua eficacia em grande parte da população. Na incerteza de que suas suplicas serão atendidas, muitos brasileiros se veem na obrigação de agir perante as injustiças que envolvem a sociedade, realizando ações com as próprias mãos. O acordo feito socialmente, o qual concorda em se submeter a proteção do Estado, esta diariamente sendo corrompido, isso, porque cada dia, milhares de pessoas estão sendo injustiçados perante o poder judiciário, passando por anos a espera de toda uma burocracia que envolve esse setor. Diante disso, forma-se então um círculo vicioso no qual as pessoas se sentem injustiçadas, não creem na ação do Estado e por isso rompem com o pacto social. O impacto disso tudo, não poderia ser pior. As punições e infrações feitas com as próprias mãos, são realizados sem regras, deixando qualquer tipo de limite de lado, e muitas vezes, não respeitando o direito do próximo – estes segurados constitucionalmente. Essa falta de regras, causa, assim como muitos exemplos de casos de violências generalizadas, sem nenhum senso de direito humano. No poder judiciário existem falhas, mas é preciso resgatar a legitimidade do Estado, criando estratégias para a sua eficacia. O poder judiciário pode estar revendo os prazos longos para averiguação dos casos, que é um dos grandes motivos de indignação da população. Assim como, o Ministério Público pode criar palestras e divulgações com o objetivo de sensibilizar as pessoas que justiça com as próprias mãos é sinônimo de combater um crime com um outro crime.