Nas histórias em quadrinhos o personagem Batman tem seus pais brutalmente assassinados em um assalto, com o passar dos anos ao se tornar adulto acaba se tornando um justiceiro na cidade de Gotham, fazendo justiça com suas próprias mãos. Baseando-se do paradoxo das histórias em quadrinhos inúmeros fatos ocorrem na sociedade contemporânea fazendo com que as pessoas façam sua própria forma de justiça. Portanto,torna-se urgente discutir sobre o atual contexto de justiça com as próprias mãos na sociedade brasileira. Embora agir dessa maneira não seja correto, são compreensíveis os motivos que levam os indivíduos a buscarem punir as injustiças por conta própria, já que o Tribunal da Justiça Brasileira demora anos para efetuar os julgamentos, muitas vezes não condenam os réus e o tempo de prisão também é pequeno, levando em consideração que o detento pode ser liberado mais rápido caso possua bom comportamento na cadeia. Esses fatores certamente só causam mais revolta nos familiares e amigos das vítimas, que desacreditam da Legislação brasileira e acabam cometendo crimes motivados pelo desejo de vingar seus entes queridos. Além disso, recentemente um fato que causou indignação na população foi o caso do travesti Dandara,que foi apedrejada e morta a tiros no Ceará,fato ocorrido no inicio do ano de 2017. Torna-se explicito nesse caso a intolerância e a violência que assolam o país de forma violenta. O caso pode ser definido como "linchamento" que tem como objetivo punir a vitima. Por isso torna-se urgente debater e realizar medidas sobre os casos de linchamento e justiça com as próprias mãos. Portanto,medidas são necessárias para resolver o impasse do atual contexto de justiça com as próprias mãos tratando de seus impactos na sociedade brasileira. Em primeiro lugar é necessário que o Ministério da Justiça e da Cidadania acompanhado do Poder Judiciário fiscalize as leis referente a justiça, e promovam maior agilidade no processamento de casos. Além disso, cabe a Polícia Militar e o Ministério da defesa em criar melhores condições de fiscalizações e estratégias de prevenção e contenção da violência por meio de palestras em escolas e projetos culturais públicos. Segundo o filósofo Aristóteles, eduquem as crianças para que não seja necessário punir os adultos. Dessa maneira, o MEC deve instituir nas escolas públicas, didáticas de dinâmicas em grupo ministradas por agentes da Polícia Civil, professores e psicólogos, sobre a importância da denúncia de linchamentos e o respeito ao próximo.