O crescente aumento da criminalidade no país aliado a morosidade da justiça e a omissão do estado para sanar esse problema, tem gerado na população brasileira um sentimento de revolta e impunidade. É tanto que é crescente o número de pessoas que acham que bandido bom é bandido morto. Um exemplo disso é o aumento dos casos de linchamentos, principalmente nos bairros de periferias, no qual os relatos de assaltos, tráficos de drogas, violência contra a mulher e estupros são noticiados com frequência. Vale ressaltar que as leis foram desenvolvidas ao longo dos anos no Brasil e no mundo para garantir que todas as pessoas tenham um julgamento justo e evitar a condenação de inocentes. Claro que é notório o aumento da violência e a demora no julgamento dos crimes cometidos no Brasil, e em alguns casos as “brechas das leis” permitem que alguns criminosos tenham uma passagem breve nos presídios, como o caso do goleiro Bruno que ganhou repercussão na mídia nos últimos dias. Mas nada justifica a justiça com as próprias mãos, tendo em vista, que os acusados do delito não tem acesso a ampla defesa e o assassinato de inocentes é frequente, como no caso de uma dona de casa que foi assassinada por ser confundida com uma sequestradora de crianças e de um professor de história que foi acusado de ter assaltado um bar, e só pôde livra-se dos agressores depois de dar uma aula sobre revolução francesa, e sem falar que quem pratica tal “justiça” também está cometendo um crime, nada justifica tais atitudes. Não podemos retroceder ao estado de barbárie. Sem falar que na maioria das vezes as vitimas de linchamentos são negras, pobres e moradoras das periferias. Isto seria justiça ou preconceito? Porém não podemos esquecer que a solução para diminuir a criminalidade também estar na adoção de politicas públicas que combatam a origem do problema, como: aumentar o policiamento das vias públicas, investir em educação, saúde, habitação e lazer, combater o narcotráfico, entre outras. Além disso, também são importantes legislações mais severas e que os criminosos sejam punidos no rigor da lei.