"É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente", assim disse Voltaire(filósofo do século XVIII). A justiça feita com as próprias mãos é um ato ilícito feito por um grupo de pessoas, a fim de condenar, sem provas e certezas, um indivíduo que supostamente cometeu um crime, e o Estado não fez justiça. O problema surge quando inocentes passam por culpados e são agredidos e levados a morte, pois surge um crime cometido por justiceiros contra um "criminoso". Em maio de 2014, o caso da Fabiane Maria de Jesus,33, ficou famoso pela mídia. Ela foi acusada de sequestrar crianças para fins de rituais satânicos, acusação que não passava de uma mentira. Quando o "grupo de justiceiros" a encontrou no Guarujá, cidade onde assistia, Fabiana foi espancada até a morte, deixando duas crianças órfãs. Como condenar alguém relacionando uma foto ilegível tirada da Internet com um indivíduo trafegando pela rua? Essa ação é absurda absurda e merece sanções rigorosas. Através desse caso, percebe-se que não se deve fazer justiça contra o próximo tendo como guia a própria intuição. O número de crimes cometidos por civis, a fim de fazerem "justiça" com as próprias mãos e também por vingança, é elevado no Brasil. Aproximadamente 85% dos homicídios são cometidos por motivos supérfluos, segundo o sítio G1.com. Um adolescente de 15 anos foi deixado nu e espancado no Rio de Janeiro por 30 homens. porque foi acusado de ter roubado uma moto. Essa ação não deve ocorrer nem com provas e nem sem provas. Antes, o correto é ser encaminhado para justiça, porquanto o caso terá de ser analisado, procurar provas para tal acusação e, depois sim, ser julgado de forma idônea e correta perante a Lei. Freud já dizia: Não foi o homem quem deu a vida, quem é ele para tirá-la? Em virtude do que foi mencionado, é imprescindível que a população entenda que tomar atitudes drásticas contra o próximo, não é lícito. Cabe ao Governo aplicar as Leis contra agressão(9099 Artº 129), reforçar a segurança pública nas ruas, comércios, shoppings e em todos lugares onde há pessoas. Não só isso, como também usar a mídia, jornais, escolas e universidades para transmitir à população formas certas de proceder em caso de suspeitas contra determinado indivíduo.