É comum à rotina do cidadão brasileiro assistir nos telejornais, e até mesmo vivenciar, diariamente, crimes, dos mais banais aos mais hediondos. É mais comum ainda que estes mesmos cidadãos declarem que não irão conseguir justiça nos tribunais. Tal fato gera no ser humano o que o filosofo inglês Tomas Hobbes chamou de “estado natural do homem”, ou seja, a vontade de fazer justiça com as próprias mãos, transformando o ambiente urbano moderno em uma verdadeira selvageria. No ano de 2014, foram relatados casos de pessoas que puniam criminosos da maneira que achavam adequado. É uma atitude realmente deplorável, uma vez que estas punições estão longe de ter alguma relação com justiça, são apenas mais violência que são tão ruins quanto os motivos que as originaram. Quando a situação toma tal dimensão, é hora de o Estado analisar se as medidas que vem tomando em relação à impunidade, são o suficiente. É importante ainda ressaltar que o mesmo não deve agir apenas quando há de fato algo a ser punido. A melhor justiça é a social, pois esta é um meio de os governantes diminuírem drasticamente fatos como o citado anteriormente. Contudo, é necessário discernimento. Realmente as situações de impunidade são revoltantes, todavia voltar aos tempos da Lei do Talião não é a solução. O “olho por olho, dente por dente” dever ser punido de acordo com a lei, assim como qualquer outro crime.