Título da redação:

Julgar e condenar é papel do estado

Tema de redação: Justiça com as próprias mãos: o impacto na sociedade brasileira

Redação enviada em 25/09/2016

O filósofo Thomas Hobbes dizia que a natureza humana é guiada pelas vontades individuais, sendo o homem o lobo do próprio homem. Nesse contexto, a sociedade brasileira vive dias de barbaridade, parecendo não possuir uma constituição que a rege. O “cidadão de bem” proclama a frase “bandido bom é bandido morto” e faz o papel do estado julgando e condenando por meio de ações violentas. O homem se diferencia das outras espécies por ser racional, civilizado e possuir leis que se baseiam no coletivo. Porém, é comum ver traços da natureza animal do homem. Os noticiários estão repletos de casos de violência, o que gera um sentimento de insegurança generalizada. Os agentes que deveriam promover segurança muitas vezes tomam atitudes egoístas e corruptas, deixando a população sem saber para quem recorrer. De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, 70% da população não confia no trabalho da polícia. Porém, nada justifica os atos cruéis que as pessoas têm cometido e muitas vezes sem provas, como ocorreu com a dona de casa paulista, Fabiana de Jesus, que foi morta pela população após de ser acusada de sequestro. A deficiência e falta de de agilidade do sistema judicial gera uma revolta na população, que ao possuir uma chance de ficar de cara com criminosos deseja vingar as vítimas. Eles podem pensar que estão fazendo um bem para a comunidade, porém só estão contribuindo para o aumento da desordem social e injustiça, promovendo uma sociedade que nunca estará livre da violência. É necessário respeitar a democracia de direito, e ter consciência que somente o estado pode julgar e condenar, entendendo que ninguém está interessado em defender malfeitor, porém é necessário manter a ordem e civilização de uma sociedade. Diante dos fatos mostrados, é notório que a sociedade possui um sentimento de vingança e ódio, logo é preciso promover campanhas de conscientização, bem como estimular a alteridade nas pessoas, por meio de palestras e aulas especializadas oferecidas pelos municípios. O governo estadual, como responsável pela segurança deve preparar ao máximo a policia, promovendo mais humanidade. No mais, é necessário mostrar a população que o estado consegue promover justiça, dando maior segurança e não deixando prevalecer a impunidade.