A justiça, aprimorada com o tempo, nasceu com o intuito de civilizar uma sociedade, tentando impor paz com suas devidas leis e punições. Todavia, é comum a injustiça se fazer presente como causa e conseqüência de muitos problemas, na qual a ausência estatal e a insatisfação de uma população contribuem gradativamente para a busca elo primitivismo do homem como solução. Nesse cenário, o Brasil necessita de um governo comprometido com seus deveres e um povo consciente de que o radicalismo não é o fim, mas o inicio de um caos social. Nesse aspecto, não há código penal ideal, cada qual depende das circunstancias, com quando outrora, na França, a guilhotina era justa para com quem fosse contra a república, assim como recebia chibatadas o negro que fugisse da senzala, mas não o senhor de engenho quando comprava humanos traficados no litoral brasileiro. Por enquanto, a atual justiça, sob responsabilidade do Estado, é ótima na teoria, porém falha na prática, o que leva muitos a sentirem-se abandonados, recorrendo a atos como punir com as próprias mãos; semelhante ao Código de Hammurabi, o qual vale ressaltar que “olho por olho” cega a humanidade. Nesse contexto, é evidente o mal banalizado, cuja selvageria do homem é natural quer seja no Coliseu durante a era Clássica, ou na tortura de um bandido do século 21. Ou seja, quando a paz não e garantida por meio do temor das punições, é pela brutalidade que se acha a possível solução, como se ser desumano fosse a única alternativa. Sob última análise, para evitar o usa da justiça com as próprias mãos, faz-se necessário exigir do Estado total presença e atuação diante de suas obrigações com a sociedade e maior rigor em suas leis; conscientizar e orientar a população ao respeito da intolerância frente a crimes, por meio de palestras e campanhas direcionadas a jovens e adultos, com o intuito de formar cidadão civilizados que repassem tal ensinamento para as próximas gerações. Assim, há a possibilidade de harmonia entre as pessoas, fazendo-as buscar por soluções mais racionais, promovendo então, de fato, a paz.