O senso de justiça das civilizações perpetuam-se desde os primórdios guiado pelo certo e errado de acordo com os ideais e ideologias impregnados em cada sociedade. A influência histórico-cultural dos países irão redigir o contexto do senso de justiça, assim como o Brasil, que origina-se da mestiçagem e transcende pelo abandono ao povo tanto pelo governo como pela própria sociedade, glorificando e neutralizando a elite do país. Esse enobrecimento da elite abriu caminhos para a formação e expansão da democratização social e racial transformando o Brasil em um lugar sem preconceito. Mas isso é contraditório à realidade, como por exemplo, o espancamento até a morte de um assaltante negro pela população local e, em contradição, a absorção do filho de Eike Batista após atropelar e matar um ciclista. O filósofo Thomas Hobbes pontuou que para haver paz na sociedade, o ser humano deve renunciar de seu estado natural e liberdade a favor do Estado por meio do “Contrato Social”, passando este a ser o único aplicador de justiça. Entretanto, como o Estado tem falhado em seu propósito, o povo têm defendido cada vez mais a justiça pelas próprias mãos. Contudo, esta solução é falha já que o governo e a sociedade devem abandonar as influências e privilégios atribuídos a poucos e reconstruir uma nação que siga os interesses da maioria, sendo o Estado o único justiceiro.