A ideia de segurança ‘’ vendida’’ pelo estado, é muitas vezes aceita por seus cidadãos. Mas a verdade é que ninguém está seguro, a paz não existe, como dizia Thomas Hobbes a guerra faz parte da natureza humana, uma vez que tem-se interesses em comum. Haja visto que a função do estado é a proteção de seus habitantes, uma vez que não é visto ação e eficiência em sua função, eles tomam a frente do poder estatal punindo quem julgam necessário. Entretanto, esse julgamento pode ser um tanto quanto indiscriminado acabando por atingir pessoas pacificas, como o menino, estudante, de apenas 19 anos que foi espancado por populares na saída do ônibus, pois foi confundido com um meliante que assaltara uma mulher a poucas quadras do local. De fato as corporações de segurança são precárias, mal preparadas, e o exemplo de violência desmedida vem da própria polícia, que deveria promover a paz e não chacinas e abusos de poder como se vê em larga escala no país. Entretanto, tal ponto não apoia a ação de praticar justiça com as próprias mãos, que pode ser, muitas das vezes, pior do que a praticada pelo criminoso. Uma mulher foi acusada de ser sequestradora de crianças, nas redes sócias, e foi linchada até a morte sem nem mesmo ter o direto de se defender. Em suma, a população deve parar de se organizar para perseguir ladrões e estar constantemente fiscalizando e cobrando de seus governantes melhorias na segurança pública e na aplicação de suas leis. Caso contrário corremos o risco de retroceder enquanto país livre e democrático.