Título da redação:

De herói a vilão

Tema de redação: Justiça com as próprias mãos: o impacto na sociedade brasileira

Redação enviada em 02/10/2016

O ponto nevrálgico da história da Constituição Brasileira de 1988 aflorou-se com a Revolução Francesa, no século XIII. Assim, os ideais Iluministas traziam em seu lema: liberdade, igualdade e fraternidade, os quais fomentaram a criação da democracia. Ali surgiu a concepção de repúdio aos tratamentos desumanos, além do julgamento pela conduta ilegal, motivos de discussão no contexto atual, já que há a exiguidade das ações do Estado aliado à falta de discernimento das pessoas. É indubitável que o Estado tem sido ineficaz na repreensão da violência. Desse modo, o cineasta Christopher Nolan em seu filme: Batman – O Cavaleiro das Trevas, denúncia profundamente os efeitos da omissão do poder público. Em face disso, Batman é a representação do cidadão comum, o qual toma para si o papel estatal na cidade dominada pela criminalidade e corrupção. Mas a atuação do suposto herói é ilegal, como a dos sujeitos os quais ele persegue, ou seja, o limiar entre os violadores da lei e o justiceiro é muito pequeno. Se por um lado o Batman reforça as normas, por outro, ele enfraquece a ordem jurídica. Apesar de fictício, o filme expõe realidades também presentes no cenário brasileiro, as quais levam à morte de inocentes. Outrossim, destaca-se as atitudes implausíveis das pessoas. Nesse sentido, André Luiz Ribeiro foi agredido por moradores na periferia de São Paulo, segundo o jornal Estadão. Confundido com um assaltante(perfil não justificável para a ação) durante o treino de Cooper, o professor de história teve que provar sua inocência por meio de uma aula de Revolução Francesa, além de correr risco de morte. É válido destacar à diferença entre justiça, isto é, o julgamento o qual comprova ou não o ato ilícito, com a vingança, na qual a pessoa cria a própria ideia de represália. Decerto, se cada indivíduo agir pela sua convicção, poderá aumentar o índice de violência. De acordo com o filósofo Emmanuel Kant, “É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.” Portanto, o Governo Federal não só deve coibir as torturas mediante prisões, como também investir na promoção de palestras nas universidades públicas dentro da filosofia, no ramo da ética e moral. A fim de efetivar as ações estatais, o terceiro setor pode conscientizar os familiares por meio de folhetos informativos sobre direitos humanos. Por fim, o papel moralizador e civilizador dos pais são indispensáveis na concretização da sociedade mais proativa.