No que Thomas Hobbes, filósofo inglês, denominou Estado de Natureza, "O homem é o lobo do homem''.Ou seja,o homem tende ao caos, diante disto estipulou-se a idéia da população transmitir poder ao Estado ,o qual delimita leis e aplica a justiça, baseando no princípio do Contrato Social.Porém, com a violência crescendo de forma exponencial e a morosidade da justiça brasileira a sensação de impunidade paira sobre a sociedade, acarretando no aparecimento dos ditos ''justiceiros''. No princípio de representatividade do povo pelo Estado , a população se sente lesada, a medida que,as leis são brandas e as penas muitas vezes afiançaveis. Diante da passividade do poder judiciário, muitos criminosos se beneficiam do exposto e praticam crimes de forma explícita sem se importar com as consequências, pois é mais vantajoso se beneficiar da situação e permanecer no ciclo crime-cadeia-crime. Com a ineficiência do Estado em manter a ordem,algumas pessoas se sentem no direito de romper com Contrato Social , praticando justiça com as próprias mãos. Segundo o filósofo brasileiro Paulo Freire,“Se a educação sozinha, não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda",partindo do princípio da ação civilizadora da educação , torna-se evidente que os "justiceiros" e os criminosos desconhecem os limites da ética e do respeito ao próximo . Declarações por parte da sociedade como, "bandido bom é bandido morto ", " tem que apanhar mesmo'', são rotineiras e mostram que apenas a educação consegue separar a linha tênue entre agressor e agredido. Para solução dos problemas citados, se faz necessário,uma reforma do setor legislativo e a implementação de leis mais rigorosas , melhorias no setor carcerário , estímulos a reinclusão dos detentos no mercado de trabalho , diminuindo a incidência de delitos por ex-presidiários .Vale ressaltar a importância de cada indivíduo transmitindo valores de ética e respeito ao próximo e por meio da sociedade exercer cobrança das autoridades competentes políticas de melhoria da segurança pública .